Série Vão Livre
Marina Rodrigues lança o seu olhar sobre a cidade a partir da frase dita por Lina Bo Bardi: "Em uma cidade entulhada e ofendida, pode, de repente, surgir uma lasca de luz, um sopro de vento." Permite uma nova visão do horizonte cinza urbano dado sua força, permanência e concretude, da mesma forma em que transmite uma leveza e suavidade através de peças escultóricas com chapas de ferro envelhecidas e o acrílico.
A série reflete a complexidade e a beleza escondida na paisagem urbana. Cada peça captura a interação entre a robustez do ferro e a transparência do acrílico, criando uma dança de luz e sombra que transforma a matéria prima em poesia visual. O uso de materiais recuperados reforça a temática de renovação e a continuidade da vida urbana, onde cada pedaço de metal carrega histórias de um passado industrial, agora reimaginado em novos horizontes
Nesta série, Rodrigues explora a noção de equilíbrio entre o caos e a ordem, destacando a resiliência da cidade e a capacidade de encontrar harmonia em meio à desordem. As composições geométricas remetem às estruturas arquitetônicas que definem o espaço urbano, enquanto as texturas envelhecidas do metal evocam a passagem do tempo e a memória coletiva.
Ao observar estas obras, somos convidados a refletir sobre a dualidade da experiência urbana – a coexistência da rigidez e da fluidez, do peso e da leveza. Rodrigues nos lembra que mesmo nas partes mais ásperas e desgastadas da cidade, há sempre a possibilidade de beleza e inspiração, uma lasca de luz emergindo da sombra.
Escultura Lina:
___
Marina Rodrigues lança o seu olhar sobre a cidade a partir da frase dita por Lina Bo Bardi: "Em uma cidade entulhada e ofendida, pode, de repente, surgir uma lasca de luz, um sopro de vento." E constrói assim, de forma modular e lúdica, sua visão sobre a re-construção do horizonte dado sua força, permanência e concretude, da mesma forma que permite uma leveza e suavidade através da escultura caixa.
Composta por uma caixa acrílica com gavetas e recortes de chapas resgatadas de ferro velho, um conceito retomado da série Identidade Paralela, em 2017, reassume através do upcycling, uma reflexão sobre o crescimento acelerado da cidade e o consumo de materiais deixados ao meio. Através dessa camadas e na liberdade de mobilidade, permite montar seu próprio horizonte em infinitas possibilidades, ressignificando a cidade com propósito de incluir na cidade entulhada e ofendida, uma lasca de luz, um sopro de vento.